sábado, junho 25, 2005

my very first......

Nestes últimos dias em que o trabalho apertou e felizmente num me parece que va abrandar, pelo menos ate as férias e mesmo assim, os portateis devem ir atrás, tenho andado a pensar em gajas cada vez que me foge o pensamento do work...

O que em mim não é assim tão raro, sendo eu meio taradão (só posso ser né? Que se pode esperar de um gajo que nao tendo namorada à anos nem partilha fluidozitos com mulheres de um modo frequente, mesmo assim, visita com interesse lojas de lingerie?...)!

Bom...seja como for, tenho andado a pensar em gajas mas nao do modo que facilmente se poderia imaginar...tenho-me lembrado de um modo querido de todas as mulheres que, de um modo ou outro, deixaram marquinha em mim....e, naturalmente, fui descendo a curtíssima lista de pessoas, até chegar à primeira menina cujos lábios toquei...lembro-me como se fosse ontem, excepto num pormenor, que apesar de ser imperdoável, é ainda mais bonito de recordar..

Tinha para ai 13 anos talvez 14, estava no 6, 7 ano da preparatória , num tenho certeza destas coisas....e uma moçoila engraçou comigo! Acho que foi por ser uma espécie de melhor aluno da turma, melhores notas e tal, chamava atençao..o que sendo eu assim, mais sendo filho único e menino mimado, levou a que muito novo me tornasse orgulhoso e a caminho de ser arrogante....nunca mais me esqueci das primeiras vezes que do meu altarzito de superior vi pessoas bem mais capazes que eu a me “vencerem” nas estúpidas competiçoes de notas que na minha cabeça fiz com eles...ainda bem que percebi logo ali que arrogancia e inveja sao sentimentos mesquinhos...mas isso é outra história.

De qq modo, a moçoila devia achar piada aqui ao rapaz das boas notas e o facto de estarmos na mesma mesa nas aulitas de ingales ajudou à coisa, ela falava ja na altura a lingua british na perfeição... a menina era muito alta, talvez tivesse a altura que tenho hoje em dia...tinha cabelo curtinho, olhos azuis e era indiana...aquelas covinhas que fazia na face muito morena quando se ria, com aquelas bolinhas azuis a brilhar, nunca mais me sairam da cabeça....

Um dia pediu-me em namoro (coisa tao comum na minha vida, se num é a gaja a tomar a iniciativa, tou feito....começou logo ali este meu lado de atadinho...) e eu aceitei logo, num sabia o que era, mas aceitei....e no intervalo mais longo dessa tarde, acho que eram de 15 minutos (ou seriam 20?), de maos dadas fomos dar um beijo atrás da palmeira que ainda hoje as folhas, da rua que passa em frente da escola, se vêem.
Foi bem porreiro, devo dizer....num meteu linguinha, como seria de esperar, isso na altura só julgava servir para falar, lamber gelados e para morder quando muitas cerejas se comiam se uma só vez....

E assim foi....todos os intervalos grandes lá iamos dar um beijinho atrás da palmeira..chato era os rapazes da turma virem atrás em grupo para verem e gozarem..nós, gajos, somos tramados!!

O pior parte surgiu quando lhe tomei o gosto....

Ora pois então naqueles tempos de descoberta pouco a pouco (nada como hoje em dia, tenho a impressão como as coisas estão, ja ninguem nasce virgem mesmo....), a malta tinha o famigerado jogo bate-pé...pois é...alguem se lembra? Pois então!!!
Oras aqui o rapaz, se hoje em dia gosta de beijos, é por causa da menina indiana que o levou para a má vida...e o bate-pé piorou a coisa...toda a malta a jogar e eu, gajo ja experiente e tal (ahahahahha...), beijei todas....
Ela num achou piada...e eu num percebi porque (iztupido!)...e entao...eis que...acabou tudo! Acabou tudo comigo..(viram o tom dramátrico de novela brasileira com que escrevi? Ahahahah, que tanto me estou a rir agora.....)

É assim....como disse, tenho andado a pensar nestas coisas.....e muito me ri e com muito carinho me lembrei disto...

Só não me lembro o nome dela, era tão comprido e cheio de y’s....não me lembro do nome da menina indiana de olhos azuis com quem partilhei pela primeira vez os meus lábios...mas não me esqueci dela!

Tão giro....






Ps. Notinha de um gajo tatuado: nada tem a ver com o post, mas nao me apeteceu ir escrever outro, quero ir agorinha mesmo adormecer a ler um livro, portanto, é ja a seguir, é que é já a seguir....
Queria e precisava de dormir, ando cansado....num me deixaram dormir até mais tarde hoje, acordei acabrunhado, zas, fora da cama, banhoca, iogurte de gaja, peças de fruta, gulbenkian comigo....

jornais e livros, la fui “jiboiar” para a relva da Gulbenkian (jiboiar, expressao minha....jibóias, repteis, estar ao sol sem fazer nenhum, ora ai esta...jiboiar, gosto muito.), ler um pouco antes que o sol ficasse quente demais.

Tou eu entretido, num é que um cabrao dum pombo me cagou no livro!?!?!? E ainda por cima, num façam confusoes, o estupor arreou uma bosta gigantesca, enorme mesmo, com requintes de malvadez, ao longo da página toda de um livro que, ainda por cima, não é meu!!!
Filho de uma saca de putas, já é a segunda vez que um destes bichos me faz isto na Gulbenkian...um dia destes, mato um pombo!!!!

2 Comments:

Anonymous Anónimo tatuou isto...

Tão bom ter boas memórias, não é? Quanto ao jogo do bate-pé... tenho memórias disso também, mas apenas como assistente, sempre fui tímida demais para me meter nessas coisas!! E só um aparte: é pomba, não pombo!! hehe! ;) beijocas

12:05 da tarde  
Blogger Amanda tatuou isto...

que belas recordações as tuas e as que me trouxeste... o pate-pé já me tinha lembrado "dele" e os jardins da Gulbenkian são de facto inesquecíveis... onde troquei tantos sentimentos... lindas memórias que merecem sem dúvida este belo post... beijos

10:07 da manhã  

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