A hora do lobo....
Existem umas certas horas nas 24 que correm nos relógios de todos nós que gosto de chamar a hora do lobo...bem sei que o exclusivo não é meu nem sou o primeiro a dize-lo, mas....gosto de assim continuar a faze-lo....
São horas de silencio, de paz...onde tudo ou quase tudo faz sentido...sao as minhas horas das diversas tonalidades de cinzentos...onde nada é preciso dizer, tudo se conjuga, tudo se entrelaça, tudo é calmo e ai...ai me sinto verdadeiramente livre...aí penso, aí decido....
Eu gosto da noite.
Gosto dos silencios que ela me proporciona, gosto do silencio em que a cidade mergulha, gosto da paz e da calma que da rua à minha varanda chega..e por muito que goste do crepitar das minhas velas.. quando chega a hora do lobo, deixo que os cinzentos me invadam.....
É durante muito pouco tempo...as luzes da rua estao ténues e os raios de luz ainda nao nasceram..nem podem nascer ainda, o espectro de luz é composto por todas as cores, aquelas que vemos na agua que no ar forma o arco-iris..e eu quero os meus cinzentos....tudo fica em tons de cinzento, variados....as sombras nao sao negras, os contornos nao sao de varias cores...e nada é frio!
Gosto de amar a alma e corpo de uma mulher coberto pelos cinzentos destas horas..gosto que ela me ame do mesmo modo..sem sons....nao ha corpos mais quentes que aqueles se entregam um no outro sob a luz indefinida que gera os cinzentos da hora do lobo.....de preferencia contra os azulejos frios de uma casa de banho, azulejos de parede, no chao.....corpo de mulher cinzento, cabelos que parecem escuros a esconder o pescoço....seios claros de fino desenho que geram sombras ligeiramente mais escuras, uma sobre a outra, sombra de seio, sombra de mamilo....encostada a parede parece a lua, com seu lado escuro e claro, metade desnudado,metade encoberto..eu sei que efeito tem em mim estes cinzentos quando por este corpo que em pé fica desço até ficar ajoelhado perto dele...quando a sombra de minha cabeça na coxa pousada no meu ombro vejo...quando boca aberta de gemidos mudos desvenda dentes brancos....
Gosto dos braços que esvoaçam levemente ao encontro de algo, das sombras que provocam ao longo da parede..dos cabelos que ondulam....sem cor, so com os cinzentos, todo se torna mais nitido, mais perceptivel....todos os pormenores ganham mais evidencia, todos os prazeres sao mais sentidos, nao ha pressa, o tempo pára.....ali, na hora do lobo.
E se falo por vezes em cumplicidade....uma janela aberta, dois corpos encostados, amigos ou amantes, vestidos ou despidos nao interessa...banhados por uma noite de ceu estrelado depois dos barulhos do deitar de uma cidade e antes dos barulhos do acordar de uma cidade, cobertos pelos cinzentos..isso...isso é sublime.
Eu gosto dos cinzentos...e eu gosto da hora do lobo.
São horas de silencio, de paz...onde tudo ou quase tudo faz sentido...sao as minhas horas das diversas tonalidades de cinzentos...onde nada é preciso dizer, tudo se conjuga, tudo se entrelaça, tudo é calmo e ai...ai me sinto verdadeiramente livre...aí penso, aí decido....
Eu gosto da noite.
Gosto dos silencios que ela me proporciona, gosto do silencio em que a cidade mergulha, gosto da paz e da calma que da rua à minha varanda chega..e por muito que goste do crepitar das minhas velas.. quando chega a hora do lobo, deixo que os cinzentos me invadam.....
É durante muito pouco tempo...as luzes da rua estao ténues e os raios de luz ainda nao nasceram..nem podem nascer ainda, o espectro de luz é composto por todas as cores, aquelas que vemos na agua que no ar forma o arco-iris..e eu quero os meus cinzentos....tudo fica em tons de cinzento, variados....as sombras nao sao negras, os contornos nao sao de varias cores...e nada é frio!
Gosto de amar a alma e corpo de uma mulher coberto pelos cinzentos destas horas..gosto que ela me ame do mesmo modo..sem sons....nao ha corpos mais quentes que aqueles se entregam um no outro sob a luz indefinida que gera os cinzentos da hora do lobo.....de preferencia contra os azulejos frios de uma casa de banho, azulejos de parede, no chao.....corpo de mulher cinzento, cabelos que parecem escuros a esconder o pescoço....seios claros de fino desenho que geram sombras ligeiramente mais escuras, uma sobre a outra, sombra de seio, sombra de mamilo....encostada a parede parece a lua, com seu lado escuro e claro, metade desnudado,metade encoberto..eu sei que efeito tem em mim estes cinzentos quando por este corpo que em pé fica desço até ficar ajoelhado perto dele...quando a sombra de minha cabeça na coxa pousada no meu ombro vejo...quando boca aberta de gemidos mudos desvenda dentes brancos....
Gosto dos braços que esvoaçam levemente ao encontro de algo, das sombras que provocam ao longo da parede..dos cabelos que ondulam....sem cor, so com os cinzentos, todo se torna mais nitido, mais perceptivel....todos os pormenores ganham mais evidencia, todos os prazeres sao mais sentidos, nao ha pressa, o tempo pára.....ali, na hora do lobo.
E se falo por vezes em cumplicidade....uma janela aberta, dois corpos encostados, amigos ou amantes, vestidos ou despidos nao interessa...banhados por uma noite de ceu estrelado depois dos barulhos do deitar de uma cidade e antes dos barulhos do acordar de uma cidade, cobertos pelos cinzentos..isso...isso é sublime.
Eu gosto dos cinzentos...e eu gosto da hora do lobo.
posted by mokomaori at 12:00 da manhã
3 Comments:
Quem não gosta?! (estavas na tua não?!). Adorei a descrição da hora do lobo (ou será do lobo da hora?!). Beijo.
Há horas deliciosas mesmo...que nos ficam marcadas na pele e na alma... beijinhos
ês noite em mim....
Beijinho grande
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
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