sexta-feira, outubro 13, 2006

You can run…but you can’t hide....

Pois é….

Falo do passado, do passado de cada um. É algo que tem muito que se lhe diga.
Há uma quantide enorme de tinta que se pode gastar a escrever sobre....imensos prismas de abordagem…neste caso, do passado dos outros.

Como se lida com o passado dos outros? Daqueles de quem se gosta?

Como se articula aquilo que para cada indivíduo é importante, seus princípios, seus fundamentos morais, suas linhas orientadores de vida, o seu conceito de certo e errado (que por muito que se diga, a tendência humana é aplicar aos outros e ás suas vidas e opções o nosso próprio conceito como elemento ajuizador do carácter da pessoa em questão…)…como se articula isto e muito mais, tudo de muito pessoal, tudo o que define o nosso conceito pessoal de comportamento humano em sociedade, com o passado de outros, com episódios e opções tomadas baseadas em algo diferente?

Ou seja…deverá o passado (ou a vida passada) que vamos descobrindo das pessoas que gostamos alterar o modo de ver, gostar e considerar essas mesmas pessoas no presente?

Será que se deve ou se pode permitir que opções tomadas por indivíduos com percepção de vida diferente, percursos e vivências..não digo diferentes, digo antagónicas, ou seja, as que vão entrar em choque com as nossas, sejam capazes de mudar nossa opinião acerca dos indivíduos em questão?

Parece-me claro a dúvida…forma-se opinião pelo que a pessoa…..fez….ou faz? Ou ambos?

Acho que acima de tudo é uma batalha connosco..interior..entre os nossos valores e opiniões e acima de tudo, com a nossa integridade moral (minha estrita opinião) em saber se se deve/pode julgar os outros pelos nossos padrões!!!

Não é fácil…

Até porque…nossa personalidade é nossa personalidade, nosso modo de ver o mundo é nosso modo de ver o mundo e a opção de discordar com alguém é tão legítima como as opções dessa mesma pessoa…dias atrás trocava coments num blog de uma míuda acerca das concessões que se fazem ou não, e daquilo que se cede ou não…..temos princípios e valores! Devem estes chocar (ou nós deixar que choquem) com opções que pessoas que gostamos fizeram no passado quando nem sequer nos conhecíamos? Uma coisa é no presente, outra é no passado…

Claro…há sempre a máxima..o que os olhos não vêem (ou será oubidos num oubem?..hum..), coração não sente!

Pessoalmente acho esta opção uma merda! Acho que se deve falar abertamente de tudo, doa o que doer, as pessoas estão cá para se entender ou não…..n gosto de meias verdades!

Eu penso ser meio equilibrado nestas coisas….tenho aprendido e tentado respeitar as outras pessoas e suas opções e percursos de vida e não julgá-las pelos meus valores….tento perceber e se não percebo, aceito não numa perspectiva de certo ou errado, mas na perspectiva do direito inegável de cada ter tomado as suas próprias decisões….se tomo café ou se vou aos moves ou partir para a troca de fluidos com essa pessoa, isso já é outra coisa.

E também acho que não ha formúlas para resolver estas questões que levantei.. simplesmente.. há opções e posições que se assumem em função das pessoas. Não há fórmulas nisto nem em qq outra questão entre pessoas que se gostam..há sentimentos, há posições, momentos passados…..

E há balanças...para no fim pesar tudo e ver o que é mais importante!

hum...

6 Comments:

Blogger Mipo tatuou isto...

tanta questão, meu Deus! Tanta questão! Realmente, o equilíbrio é uma coisa muuuuito difícil de se conseguir...

Cada vez mais acho que o Passado ajuda a explicar alguma coisa, mas não pode condicionar o nosso juízo de valor (juízo de valor esse que idealmente nem deveriamos sequer fazer, mas a malta tem de se orientar de alguma maneira, 'né?). E cada vez mais acho que, se é para ter opiniões, que seja pelo que vemos, no Presente. Se eu gosto de uma pessoa, é agora, pelo que ela é e não pelo que ela foi.

(fogo! Hoje estou mesmo para escrever! Bom fim de semana!)

1:36 da tarde  
Blogger Susana tatuou isto...

e o titulo diz quase tudo....

8:30 da tarde  
Anonymous Anónimo tatuou isto...

"...n gosto de meias verdades!" Compreendo tão bem o peso dessa frase. Gosto da frontalidade acima de tudo e sei bem o dificil que é conviver com alguém que resguarda o seu passado, que não põem as cartas todas na mesa...
Doi quando se acaba por gostar realmente dessa pessoa...mas respeitei sempre o facto dele ter um passado e até mesmo de me omitir muitas coisas...muitas delas até no presente! Respeito....respeito é fundamental!
Pena é que esse mesmo respeito muitas vezes só se viva de uma das partes, só seja vivido por um...e na verdade são precisos dois para dançar o tango!
Existem coisas vividas que são dificeis de aceitar....mas que aprendemos facilmente a viver com elas! Mas lá esta nem todos têm a capacidade de viver bem com isso...
Acima de td não podemos esquecer que aquela pessoa tem vida propria, tem passado, familia, amigos e que nós surgimos de repente e tem de haver uma comunhão, uma ligação capaz de transcender tudo isso.
Da realmente p muita tinta este teu post...
Beijos

3:38 da tarde  
Blogger just_me tatuou isto...

Toda a gente fez coisas no passado de que não se orgulha ou de que não gosta de falar. Mas o passdo é isso mesmo..é aquil oque já passou. As pessoas devem ser analisadas pelo que são, pela sua verdadeira essência. Não pelo que fizeram ou deixaram de fazer. Aceitar as pessoas como são...acho que o segredo passa por aí. Muitas vezes desiludimo-nos com alguém porque criamos uma imagem na nossa cabeça que não corresponde à realidade, imaginamos da maneira que gostaríamos que elas fossem e não como elas são realmente.
Aceitar, respeitar e entender cada um tal e qual como é...acho que é o essencial. O passado já diz a canção "foi lá atrás". Viver o presente e criar o futuro é que importa.

4:31 da tarde  
Blogger maria tatuou isto...

Eu também não gosto de meias verdades, aliás como costumo dizer a verdade núa e crua e doa a quem doer...o problema é quando nos deixamos "enrolar" pelas meias palavras...:)

8:58 da tarde  
Blogger Amanda tatuou isto...

tchiii... o corte deve ter-te dado volta ás ideias!! eheheh... Boa cogitação. Beijokas

4:49 da tarde  

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